Evaristo caminhava pelas ruas da cidade, um semblante cansado marcado por anos de lutas e desafios. Seus olhos, porém, brilhavam de curiosidade ao se deparar com um cartaz colorido pregado no mural da escola: “Rodas de Conceição para/com estudantes da EJA”. Aquelas palavras despertaram nela uma mistura de interesse e dúvida. “Para que falamos de Conceição?”, pensou Evaristo. “O que é escrevivência? E afinal, para quem são essas Rodas” [...]. E assim, Evaristo, inspirada e cheia de entusiasmo, decidiu aceitar o convite para as rodas de Conceição. Ela entendia que ali encontraria um espaço de resistência e fortalecimento coletivo. Um lugar onde sua voz seria ouvida e onde ela poderia ouvir a voz do outro, aprendendo, compartilhando e transformando-se junto com a comunidade da EJA. Evaristo, então, caminhou em direção às rodas de Conceição, carregando consigo suas vivências, suas lutas e sua disposição para escrever e viver de forma mais plena. Ela sabia que naquele encontro, ela gozaria de um lugar de acolhimento, onde as histórias se entrelaçam e os sonhos se fortalecem. Era o início de uma jornada de aprendizado, de aproximação e de autonomia coletiva de sujeitos da EJA.
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Sobre este Livro
1 Por uma concepção de Roda
2 Convidando Evaristo para a Roda: Por quê? Para quem?
3 Escrevivendo Rodas de Conceição com/para a EJA: a gênese do projeto
4 Um (não) fim para a Roda
Referências
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